"Passada a porteira da fazenda, o portãozinho coberto de flores em arco é acompanhado por uma bucólica sinetinha... quando se toca faz-se o silêncio na duvida de termos sido ou não ouvidos... mas qual nada, logo um gato nos recepciona e nos fala de que ali o tempo é outro. Então aparece Ana com sua mescla falante de simpatia e acolhimento, seu sorriso genuino e abraço caloroso que nos faz sentir em casa. Na sequencia os homens da casa, pai Paulo e seu filhote seguem a acolhida nos apresentando o chalé, as peculiaridades da hospedagem calorosa, simples aconchegante e confortável. Luxo no seu sentido "comum" não é o que se busca, mas o conforto acompanha o "luxo" do rico acolhimento humano e da natureza. Familia linda que nos reanima a crença de que outra forma de viver é possivel, onde as relações humanas, de serviços e de trabalho podem ser permeadas por fomentos de vida e trocas de existências, que ao fim e ao cabo é o que dar sentido ao viver. Em nossa hospedagem ficaram marcados cada sorriso trocado, cada conversa na varanda, os encontros na fogueira, as receitas de quitutes, as gracinhas e partilhas infantis dos pequenos ao nos contar de suas conquistas de um desenvolvimento pleno em um território enrriquecido de possibilidades de ser. Saimos de lá com o coração aquecido por um "até breve" pois tudo nos convida a voltar.... mesmo não tendo data certa, ao sair, fechamos a porteira de madeira sabendo lá no fundo que nos reencontraremos já."